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Ser um pai amigo

Ser um pai amigo
Ser um pai amigo é bem diferente de ser um amigo que é pai. Ser amigo é "cool", os miúdos riem-se à brava! Mas não é a melhor opção a longo prazo. Primeiro deve ser pai. Isso exige que o reconheça enquanto regulador de limites, de exemplo, de respeito e de amor paterno. É um amigo, sem dúvida, que lhe ensina o caminho, que lhe mostra sabedoria e que também brinca, ri e faz "macacadas".

Ser um amigo é, de alguma forma, ser permissivo.  É construir uma relação mais "anárquica" e esperar que no futuro os limites da relação surgam por si só.´Um amigo pai, não costuma "ralhar". Geralmente brinca com os comportamentos de oposição dos filhos. Mais tarde, vai querer ser "pai", impor respeito e admiração. Não será fácil.
  
O papel de pai constrói-se desde cedo e não quando é confortável ou necessário. É uma responsabilidade de pertença. Os amigos são uma escolha individual. Cabe aos pais, serem uma base nas futuras amizades, através do que foi aprendido, nomeadamente, nas experiências familiares.

Através do que assisti em consulta, os pais desempenham um papel único e importante na identificação dos filhos! No caso dos casais separados, verifica-se uma maior tendência do pai em relativizar e ser apenas "amigo", "cativando"  os filhos com uma relação mais leve pois estão (geralmente) menos tempo com eles. 

É mais fácil ser amigo e acreditar que, desta forma, será "mais amado" pelos filhos. É uma crença ilusória. Considera-se mais importante, mais saudável e mais gratificante a longo prazo, que sejam PAIS e capazes de transmitir os valores da amizade, com limites, zangas e alegrias!

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