Ao longo dos anos a observar e a apoiar famílias e crianças tenho concluído que, na maior parte dos casos, as crianças mais frágeis foram as mais protegidas pelos pais/família. Têm muitos medos, inseguranças, poucas estratégias de resolução de conflitos e fraca preparação para ultrapassar os desafios do quotidiano. Todas as espécies protegem as suas crias. É um sentimento inato e desenvolvido face à dependência e ao amor dos seres tão imaturos e frágeis. Mas a proteção é também desenvolver a autonomia. Por exemplo, os pássaros promovem que as suas crias voem, os felinos que aprendam a caçar e outros tantos exemplos que promovem a independência como forma de “proteção”, para se adaptarem ao meio e às dificuldades e, em último caso, como forma de sobrevivência. Assim sendo, não se intende que os seres humanos, em sentido de extrema proteção, condicionem a autonomia dos filhos. Inconscientemente estão a desprotegê-los do mundo. Em muitos casos, tornam-se crianças com poucas estratégias s
Tenho um abraço para te dar. Queres que leve ou vens buscar? Blog de Psicóloga Patrícia Fonseca.