Mãe, tenho fome!
Quando me diz isso, percebo que ele quer doces. Pergunto: "Queres fruta?"; responde: "Não, tenho fome!" (os avós habituam-no mal!).
Durante o ano lectivo, observei os lanches que os miúdos traziam para a escola. Foi implementado por alguns professores "o lanche saudável". Quem mostrasse um lanche considerado saudável ganhava pontos. Uma forma lúdica de incentivar as crianças e os pais a criarem hábitos alimentares saudáveis aos filhos. No entanto, o conceito só era conseguido a metade. O leite vem acompanhado pelo pão com chocolate ou de bolos. A fruta não era opção (ou pelo menos da maioria).
A alimentação é um hábito. Logicamente habituamo-nos mais facilmente ao que é doce e saciante. Se uma criança for habituada desde cedo a fazer uma alimentação variada, mais fácil se torna quebrar os maus hábitos.
No entanto, temos que saber distinguir o que é capricho das crianças e o que realmente não gostam. Se os adultos selecionam alimentos porquê obrigar os mais pequenos a comer o que não gostam?
Sabe-se que as crianças têm maior apetite por alimentos de cor amarela, castanho e vermelho colocando, essencialmente, o verde e o branco de parte. Os hábitos alimentares são como as normas e as regras. Se formos condescendentes desde cedo, mais difícil se torna implementar mais tarde o que é correto. No entanto, se a criança come vegetais e rejeita, por exemplo, as ervilhas é porque de facto não gosta delas. Aí, devemos respeitar. Caso contrário, além das ervilhas, começa a negar outros legumes.
Também não devemos esquecer que são crianças e, como tal, o mundo ainda é "uma fantasia" que se vai transferindo para a realidade!
E, porque não, "brincar" com os alimentos? Não se trata de tornar as refeições num divertimento, mas sim tornar os alimentos alegres e apelativos! Não precisamos de dispender mais tempo, mas sim mais criatividade! (de vez em quando, claro!) Dar vida e sabor aos legumes, ao peixe, à fruta e, aos poucos, criar os hábitos certos! Ficam aqui alguns exemplos. Bom apetite!
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