Proteção em demasia é "desproteção"!
Ao longo dos anos a observar e a apoiar famílias e crianças tenho concluído que, na maior parte dos casos, as crianças mais frágeis foram as mais protegidas pelos pais/família. Têm muitos medos, inseguranças, poucas estratégias de resolução de conflitos e fraca preparação para ultrapassar os desafios do quotidiano.
Todas as espécies protegem as suas crias. É um sentimento inato e desenvolvido face à dependência e ao amor dos seres tão imaturos e frágeis. Mas a proteção é também desenvolver a autonomia. Por exemplo, os pássaros promovem que as suas crias voem, os felinos que aprendam a caçar e outros tantos exemplos que promovem a independência como forma de “proteção”, para se adaptarem ao meio e às dificuldades e, em último caso, como forma de sobrevivência.
Assim sendo, não se intende que os seres humanos, em sentido de extrema proteção, condicionem a autonomia dos filhos. Inconscientemente estão a desprotegê-los do mundo. Em muitos casos, tornam-se crianças com poucas estratégias sociais, afetivas e até de comportamento, inadaptadas a novos contextos por falta de ferramentas que lhes permitam ultrapassar novos desafios e obstáculos diários.
Estas dificuldades são facilmente observáveis em meio escolar mesmo em pequenas tarefas. Por exemplo, são crianças que demonstram resistência e/ou dificuldades em descalçar ou calçar sapatos, em comer, em ir à casa de banho sozinhas, entre outros exemplos que, por menores que pareçam, geram constrangimento às próprias e estranheza às outras que conquistaram essas autonomias e que as aplicam descontraidamente. Para essas crianças, à partida, a escola não será uma “zona de conforto”, consequentemente, poderão haver repercussões sociais, psicológicas e no seu desenvolvimento.
Recomendo que os pais enriqueçam os filhos com adequadas estratégias de resolução de situações do quotidiano, de autonomia e de confiança. Permitam que eles se vistam sozinhos mesmo que demorem tempo, que comam sozinhos, mesmo que sujem a roupa, que façam a sua higiene mesmo que não fique perfeita, que realizem tarefas e que assumam algumas responsabilidades. Provavelmente, as crianças terão mais sucesso na escola, sem tantas angústias e dificuldades de adaptação.
Estas dificuldades são facilmente observáveis em meio escolar mesmo em pequenas tarefas. Por exemplo, são crianças que demonstram resistência e/ou dificuldades em descalçar ou calçar sapatos, em comer, em ir à casa de banho sozinhas, entre outros exemplos que, por menores que pareçam, geram constrangimento às próprias e estranheza às outras que conquistaram essas autonomias e que as aplicam descontraidamente. Para essas crianças, à partida, a escola não será uma “zona de conforto”, consequentemente, poderão haver repercussões sociais, psicológicas e no seu desenvolvimento.
Recomendo que os pais enriqueçam os filhos com adequadas estratégias de resolução de situações do quotidiano, de autonomia e de confiança. Permitam que eles se vistam sozinhos mesmo que demorem tempo, que comam sozinhos, mesmo que sujem a roupa, que façam a sua higiene mesmo que não fique perfeita, que realizem tarefas e que assumam algumas responsabilidades. Provavelmente, as crianças terão mais sucesso na escola, sem tantas angústias e dificuldades de adaptação.
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