Este texto é um olhar sobre as (in)satisfações humanas.
Não é sobre ter tudo. É acerca de ter o melhor (para cada um de nós).
Tem a ver com o que temos, com o que vamos conseguir alcançar e ainda com o que acreditamos conquistar com um brilho no olhos, mas sem nos dispersamos em ilusões demasiado ambiciosas.
Existem tantas opções! O desconhecimento é o melhor amigo da frustração. Não vale a pena idealizar uma ou duas opções, quando existe um mundo!
Ser feliz é a soma das "pequenas" coisas. Assim, podemos ricos em experiências. Aquelas que mais gostamos e têm a ver com a nossa forma de ser. Ficamos mais leves e saudáveis.
Devemos distinguir as felicidades individuais, aquelas que só dependem de nós, das coletivas, onde me sinto feliz com o outro (ou outros). Neste caso, contamos inevitavelmente com a vontade de alguém, mas nunca queiram uma relação dependência!
Dizem os mais velhos e experientes que as experiências partilhadas, são sempre as melhores! De facto, são as que nos enchem a alma. Mas, também devemos aprender a ser "sozinhos".
Às vezes, necessitamos de reflectir. E de simplificar a nossa vida.
O que tem significado para cada um de nós? O que realmente valorizamos e nos enche de alegria? O que é realizável? Como chegar a esses objectivos, o que necessito fazer, alterar ou conquistar? São grandes eventos ou só algumas ocasiões especiais? São locais, pessoas ou objectos?
Quando olhamos para trás ou para o presente, nas várias perspectivas, o que ainda gostariamos de acrescentar? E em nós próprios?
Parece simples e fácil, mas não é. Julgo que a tendência de nos compararmos aos outros, dificultam este processo. Geralmente, valorizamos o que não temos, o que não gostamos em nós, o que não vivemos ou o que nos é mais difícil. Por vezes, até somos bastante críticos!
Parece que os outros são melhores, têm mais sucesso, sorte ou que a vida lhes é mais fácil. Nem sempre. Na maioria dos casos.
O foco não deve ser nos outros, mas sim em nós, nas nossas experiências e no que podemos fazer para que a vida seja melhor!
Por exemplo, se sou feliz a ver uma exposição de arte, e isso me "completa", não tenho que me importar ou seguir algumas tendências, princinpalmente aquelas que as redes sociais nos tentam "influenciar".
Psicologicamente, pode-nos induzir a sensações de "fracasso", porque em comparação, consideramos que ficamos aquém de uma vida "ilusoriamente" mais feliz e ou preenchida.
Enganem-se!
O segredo é descobrir o que nos faz verdadeiramente bem e o que está ao nosso alcance. Na sua plenitude, não há nenhuma circunstância que nos faça sentir mal ou diminuído.
Ajudo várias pessoas, muitas angustiadas, incompreendidas e preocupadas, e têm diferentes realidades. Algumas têm um grande poder económico, outras oportunidades, amizades ou amor. Não significa felicidade.
A (in) satisfação humana é relativa. É condicionada com o que nos faz falta, enquanto o foco devia ser no que temos.
O desejo de ter mais é insaciável, até os mais humildes ou nos que vivem das memórias do passado.
Não confundam ambições, objectivos com (in) satisfações.
As expectativas, em muitas situações, não são ajustadas. Tornam-se uma desvantagem e a causa para muitas desilusões/frustrações.
Todos nós conhecemos histórias de pessoas extremamente felizes, onde obtiveram o seu propósito de vida em causas bem simples.
Isto é explicável:
1- O segredo começa no nosso interior. Estarmos bem connosco. Querermos evoluir, seja de que forma for. Controlar e adequar as nossas emoções. Pronove a nossa saúde e eleva a empatia.
2- Já que nos comparamos aos outros, que seja pela positiva e que estejamos realmente contentes pela alegria dos demais. Promove paz e auto motivação.
3- Estabelecer verdadeiros objectivos. O que quero, o que me faz feliz e o que é (realmente) possível.
4- Valorizar o que temos e ultrapassar as dificuldades. A resiliência e a auto-estima são das das melhores ferramentas para a felicidade.
5- Ser livre. E esta liberdade é essencialmente de espírito. Tenho e devo-me sentir à vontade para expressar as minhas opiniões, a minha vontade e desejos.
6- Manter boas relações. Os amigos não são aqueles que estão sempre dispostos para as festividades. Nos momentos difíceis, também nos dão uma palavra e vice-versa.
Lembrem-se, que não é sobre ter tudo. É sobre ter o melhor! E, acreditem que, às vezes, surgem nas ardeversidades.
Depende de nós. Ter o melhor é sermos melhores. Ter objectivos definidos também faz a diferença! O resto acontece, por consequência.
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